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Projeto sobre alimento nativo da Amazônia leva estudante à feira internacional de ciência

O estudante amazonense Eli Minev Benzecry, de 17 anos, vai representar o Brasil na International Science and Engineering Fair (ISEF), em maio de 2025, nos Estados Unidos. A maior feira de ciências pré-universitária do mundo será palco do projeto “Amazônia Chibata: Ariá”, que propõe o resgate do uso do ariá (Goeppertia allouia), um tubérculo nativo da Amazônia, como solução para a insegurança alimentar na região.

Com orientação da pesquisadora do INPA Noemia Ishikawa e da gestora Ruby Gordiano, Eli uniu ciência e saberes tradicionais em uma proposta inovadora e socialmente engajada. O projeto começou com a recuperação de campos de futebol abandonados, transformados em hortas agroflorestais. O cultivo do ariá revelou alto valor nutricional, confirmado por análises laboratoriais.

A pesquisa seguiu com a criação de hortas urbanas e ações educativas, como o livro “Ariá: um alimento de memória afetiva”, lançado em abril em Manaus. A obra bilíngue (português e Ye’pâ-masã) foi escrita por Eli com coautores indígenas e não indígenas, e terá versão em inglês na ISEF e COP 30.

Premiado em olimpíadas científicas e atuante em eventos como a MOSTRATEC, Eli representa uma geração de cientistas que valorizam a Amazônia como fonte de inovação, cultura e soberania alimentar.

 

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