Reviravolta: Polícia Civil revela que motorista por aplicativo forjou o próprio desaparecimento
Após uma investigação detalhada, a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) revelou, nesta quarta-feira (11), que o desaparecimento de Maxwell da Costa Barroso, motorista de aplicativo e educador físico de 35 anos, não passou de uma farsa. Em um desfecho surpreendente, a polícia confirmou que Maxwell não estava desaparecido como informado inicialmente, mas sim forjou seu sumiço para escapar de dívidas que o atormentavam.
O caso, que havia mobilizado equipes da DEHS, Corpo de Bombeiros, e até a Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães) da Polícia Militar, gerou grande comoção. O desaparecimento de Maxwell foi comunicado à polícia no dia 3 de dezembro deste ano, e logo começaram as buscas nas áreas de mata ao longo da rodovia AM-010, onde seu veículo foi encontrado abandonado e com marcas de sangue. A situação parecia ser grave, levando a uma mobilização intensa por parte das autoridades, que investigavam o caso como se fosse um possível crime.
No entanto, com o avanço das investigações, a verdade veio à tona: Maxwell, que estava inicialmente dado como desaparecido, havia forjado o desaparecimento para tentar enganar seus credores. Segundo apurações da DEHS, o motorista estava enfrentando sérias dificuldades financeiras e contraíra dívidas, o que levou a ameaças de seus credores. Incapaz de lidar com a situação, Maxwell decidiu criar uma farsa para sumir do radar, e, para dar veracidade ao seu desaparecimento, registrou um boletim de ocorrência.
O caso, ainda mais chocante, envolveu a participação da esposa de Maxwell, Simone, e de seu amigo Josefá, também motorista de aplicativo, que atuaram como cúmplices na armação. Simone, além de apoiar a farsa, ajudou a dar credibilidade à história, enquanto Josefá atuava como interlocutor da “notícia” falsa, contribuindo para enganar a polícia e a comunidade. A DEHS, ao desvendar a trama, afirmou que os três serão responsabilizados por falsa comunicação de crime.
Maxwell, que se encontrava em Santarém, no oeste do Pará, foi localizado pela polícia após a farsa ser desmascarada. O desfecho do caso revela não só a artimanha de um homem desesperado para escapar de suas responsabilidades financeiras, mas também a forma como ele manipulou sua própria história, criando uma grande rede de desinformação e engano. O trio agora responderá pelos seus atos, e a polícia segue com o processo de atribuição de responsabilidades pela falsa comunicação de crime