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Fechamento do comércio no AM será prorrogado até 31 de janeiro, afirma governador

Decreto começou a valer no dia 2 de janeiro após determinação da Justiça. Estado vivencia colapso na Saúde por falta de oxigênio nos hospitais.

O fechamento do comércio não essencial no Amazonas será prorrogado até o dia 31 de janeiro, informou o governador Wilson Lima à Rede Amazônica, neste sábado (16).

O decreto que proibiu as atividades por 15 dias começou a valer no dia 2 de janeiro, após determinação da Justiça. Por conta de um novo surto da Covid-19, o governo também decretou toque de recolher no Amazonas, de 19h às 6h, até o dia 23 de janeiro.

Manaus enfrenta colapso no sistema de saúde por falta de oxigênio nos hospitais, que estão lotados por conta do recorde de internações por Covid. Por conta do caos na Saúde, pacientes estão sendo transferidos para outros estados.

“Nós vamos prorrogar até o dia 31 de janeiro, e vamos avaliar os números e também a nossa capacidade de atendimento na rede para decidir o que faremos em relação às medidas restritivas a partir do dia 31”, declarou Lima.

O governador afirmou que a demanda de oxigênio em Manaus aumentou cinco vezes em 15 dias, e superou a capacidade de produção no estado.

Na terça-feira (12), o governo incluiu no decreto que restringe as atividades não essenciais as academias, que agora também não podem funcionar. Além disso, o governo também proibiu o transporte intermunicipal de passageiros.

Estão previstas interdições e multas diárias de até R$ 50 mil para estabelecimentos que descumprirem as normas.

Para tentar amenizar a crise econômica provocada pela pandemia, Wilson Lima anunciou um pacote de crédito a partir do próximo dia 11 de janeiro. Segundo ele, serão disponibilizados R$ 140 milhões no total, com auxílios entre R$ 500 e R$ 100 mil.

Toque de recolher

O governador Wilson Lima anunciou, nesta quinta-feira (14), um decreto que proíbe a circulação de pessoas entre 19h e 6h. Todas as atividades, exceto serviços essenciais para a vida, também estarão proibidos de abrir no período.

O toque de recolher vale por 10 dias, a partir desta quinta-feira, para todos os municípios do Estado. Em Manaus, a polícia montou uma central de flagrantes para autuar pessoas flagradas descumprindo a medida.

No toque de recolher, ficam ressalvadas as seguintes atividades:

transporte de cargas e produtos essenciais à vida, como alimentos e medicamentos e insumos médico-hospitalares;

o deslocamento para serviços de entrega, exclusivamente de produtos farmacológicos, medicamentos e insumos médico-hospitalares;

o deslocamento de pessoas para prestar assistência ou cuidados a doentes, idosos, crianças ou pessoas com deficiência ou necessidades especiais e o de profissionais de imprensa.

Fechamento do comércio gerou tumulto

Lima já tinha tentado fechar, sem sucesso, o comércio no estado. Ele havia publicado um decreto que impedia atividades consideradas não-essenciais que entraria em vigor em 26 de dezembro. No entanto, uma multidão foi às ruas para protestar contra o fechamento das lojas.

Empresários e comerciantes criticaram o governo por ter publicado decreto durante vendas de fim de ano. O trânsito chegou a ser isolado nos arredores da casa do governador, após manifestantes ameaçarem depredar o local.
Com a pressão exercida pelos comerciantes, o governador recuou e liberou o funcionamento das atividades não essenciais, com apenas algumas restrições de horário.

Porém, como o número de mortes continuou batendo recordes no Estado, a Justiça determinou a suspensão total das atividades, em uma decisão que autoriza, inclusive, o uso de forças policiais para que a ordem fosse mantida.

Fonte – g1.globo.com

Foto – Divulgação

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