Caso Débora: suspeito estava sendo monitorado pela polícia no Pará
Gil Romero Machado Batista, 41, suspeito do assassinato de Débora da Silva Alves, que tinha 18 anos e estava grávida de oito meses, já estava sendo monitorado pela Polícia Civil dos Estados do Amazonas (PC-AM) e Pará (PC-PA) desde o último sábado (5). Ele foi preso na noite desta terça-feira (8), no Distrito de Apolinário, Comunidade rural de Curuá, Baixo e Médio Amazonas, no oeste do Pará. Conforme a PC-PA, ele não resistiu a prisão.
De acordo com o Núcleo de Apoio a Investigações (NAI) do Baixo Amazonas, a Polícia já sabia que o suspeito poderia estar no Pará. Por volta das 22h ele foi localizado e preso.
Gil Romero foi transferido para o município de Óbidos, onde será submetido a um exame de corpo de delito no Hospital Jose Benito Priante, no município.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia de Homicídios e Sequestro (DEHS), no momento, as Polícias Civis e o Poder Judiciário estão em tratativa burocrática para realizar o recambiamento do indivíduo para Manaus.
A família espera respostas sobre como Débora da Silva foi morta, já que segundo os legistas do Instituto Médico Legal (IML), o bebê foi retirado da barriga da jovem. Familiares acreditam que ele esteja vivo.
Entenda o caso:
Conforme o delegado Ricardo Cunha, titular da unidade especializada, a vítima desapareceu no dia 29 de julho deste ano, quando saiu de sua residência para encontrar o infrator, que seria o pai do bebê.
“Ele recusava, veementemente, a paternidade. No início da gravidez, ele ofereceu medicamentos abortivos à Débora e, em junho deste ano, tentou contra a vida dela pela primeira vez. Desta vez, a vítima se defendeu com uma faca, sobrevivendo ao ataque. No dia do crime, a jovem saiu para encontrar Gil Romero, com quem pegaria o dinheiro para comprar o berço do bebê, entretanto, não retornou para casa em seguida”, disse o delegado Ricardo Cunha.
O corpo da jovem foi encontrado na quinta-feira (3), por uma equipe da DEHS, em uma área de mata no Mauazinho, zona leste, após um dos envolvidos na ação criminosa indicar onde o cadáver estaria.
Vítima foi encontrada enterrada em uma cova, com os pés cortados e parte do corpo queimado. Um pano foi encontrado enrolado no pescoço da mulher. A PC/AM, disse que a vítima foi assassinada com bastante crueldade.
José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como ‘Nego’ foi preso na semana passada, acusado de participar do crime e ajudar Romero a enterrar o corpo da vítima.
Após a prisão de ‘Nego’ a polícia deu detalhes sobre o crime. Segundo as informações, a jovem teria ido ao encontro do assassino para pegar o dinheiro e comprar o berço para o seu bebê.
“A vítima se encontrou com uma pessoa e informou para essa pessoa que estava aguardando o pai da sua filha para receber o dinheiro de um berço, após isso, ela não foi mais vista, após o trabalho de investigação, confirmamos que Romero, o pai da criança, tinha envolvimento no crime”, disse o delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
Sobre a participação de José Nilson no crime, a polícia relatou que ‘Nego’ era empregado de Romero e que o suspeito afirma que não matou Débora apenas participou da ocultação de seu cadáver.
“O Nego é empregado do Romero e foi chamado por ele para cometer o crime, segundo relatado pelo suspeito, a moça já estava morta quando ele encontrou ela no carro. O acusado afirma que foi obrigado a ocultar o cadáver com Romero”, disse a delegada Débora Barreiros, sobre a participação de Nego.