Saúde prevê uma dose contra Covid no público de 18 a 60 anos em 2022; veja o que se sabe
Marcelo Queiroga disse que pode considerar o uso da CoronaVac no próximo ano caso o Instituto Butantan obtenha o registro definitivo da vacina junto à Anvisa.
O Ministério da Saúde afirmou nesta sexta-feira (8) que seu planejamento para 2022 prevê o investimento de R$ 11 bilhões para a campanha de vacinação contra a Covid-19. Pela primeira vez, os gestores da pasta explicaram alguns dos detalhes já conhecidos da próxima rodada de vacinação.
De acordo com o governo, após reunião e debates com especialistas, já está previsto para o próximo ano:
- Uma dose para pessoas de 18 a 60 anos;
- Duas doses para pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidos;
- Vacinação por faixa etária decrescente, e não por grupo de risco;
- Vacinação seis meses após a imunização completa em 2021 ou dose de reforço;
- Duas doses para novos públicos, se houver ampliação (crianças e adolescentes);
- Ao todo, devem ser necessárias 340 milhões de doses;
- Utilização apenas de vacinas com registro definitivo pela Anvisa, o que exclui atualmente a CoronaVac.
O secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, afirmou que ainda há dúvidas e perguntas a serem respondidas para planejar a nova campanha, tais como qual será o público-alvo da vacinação, quais imunizantes usar e em quanto tempo desde a dose aplicada em 2021.
“Hoje o mundo não tem essas respostas”, disse Cruz.
Apesar disso, Cruz ressaltou que o governo já tem um planejamento básico previsto. Ainda não há, por exemplo, definição sobre os adolescentes.
Eficiente e fim da pandemia
No dia em que o Brasil atingiu 600 mil mortes, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o Brasil terá 354 milhões de doses de vacinas disponíveis para a campanha de imunização contra a Covid-19 em 2022.
Ele afirmou que vê um cenário positivo da pandemia no país, se comprometeu com uma campanha de vacinação ‘eficiente’ em 2022 e disse que o próximo ano será marcado pelo “fim de pandemia”.
Uso da CoronaVac
O ministro disse que pode considerar o uso da CoronaVac no próximo ano caso o Instituto Butantan obtenha o registro definitivo da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, o imunizante tem apenas o registro emergencial.
Nesta semana, o Ministério da Saúde informou à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 que tem a previsão de deixar de usar o imunizante CoronaVac na vacinação em 2022 por dois fatores: primeiro, o status de aprovação emergencial, e a segunda justificativa seria a “baixa efetividade entre idosos acima de 80 anos”.
Fonte: g1.globo.com
Foto: JN