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RespirAR fez mais de 80 mil atendimentos a pacientes pós-Covid-19 no Amazonas

Manaus/AM – Com 10 núcleos de atendimentos espalhados pela capital, dos quais dois funcionando em Centros de Atenção Integral à Melhor Idade (Caimis), três em Policlínicas e quatro em Centros de Convivência, além da Vila Olímpica de Manaus, em seis meses, o projeto RespirAR já realizou mais de 80 mil atendimentos, contou com a colaboração de 78 fisioterapeutas, 27 profissionais de educação física, 57 estagiários e oito técnicos de enfermagem.

O projeto foi criado para ajudar na reabilitação das pessoas pós-Covid-19, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), sob a coordenação da Fundação Amazonas de Alto Rendimento (Faar).

Os desafios foram inúmeros, segundo os profissionais Bruno Mendes, Aline Rodrigues e Lene Siqueira, que estão trabalhando desde o início. Os dois relataram ter sentido o “medo do novo”, já que, desde o surgimento do vírus, ninguém tinha muitas informações sobre a doença ou como lidar com os efeitos e consequências da problemática na vida dos pacientes.

Bruno, que é fisioterapeuta intensivista, lembrou que o primeiro impacto foi enfrentar a Covid-19, pois os profissionais não sabiam quais eram os riscos da doença e o que os pacientes estavam trazendo. “A gente enfrentou muitos problemas até entender como a doença agia no corpo, as limitações que ela deixava nos pacientes. Não sabíamos com o que estávamos lidando, o que estava ocorrendo e até mesmo o que levávamos para casa, então, foi muito complicado”, disse.

O projeto RespirAR dispõe de uma equipe multidisciplinar, aspecto importante para a reabilitação dos pacientes pós-Covid-19, afirmou a fisioterapeuta Aline Rodrigues, lembrando que os desafios de enfrentar o começo da Covid-19 para reabilitar os pacientes da pós-Covid. Segundo ela, as pessoas chegavam ao projeto muito debilitadas, com várias sequelas e dentre outros problemas.

“Aqui eles conseguiram ter novamente sua rotina na normalidade do possível, que era antes. Tentamos fazer de tudo com o paciente e sempre estávamos de braços abertos para atender a todos”, contou a fisioterapeuta.

O projeto RespirAR é intersetorial, e envolve, além da Faar, as secretarias de Estado de Saúde (SES-AM) e de Assistência Social (Seas), o Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS) e a Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Aadesam).

Atendimento

Para acessar o serviço do projeto, que é gratuito, o paciente deve ser atendido na unidade de saúde básica, de responsabilidade das prefeituras, encaminhado e inserido na Central Unificada de Regulação e Agendamento de Consultas e Exames (Cura). Depois recebe autorização da consulta em fisioterapia em uma das unidades do projeto RespirAR, cujo profissional vai avaliar o paciente e prescrever o melhor tratamento. A partir daí, será indicada a unidade executante e agendada agenda e quantidade de sessões.
 
Locais de atendimento

Os locais de atendimento em fisioterapia são realizados na Policlínica Antônio Aleixo, no bairro colônia Antônio Aleixo, zona leste; na Policlínica Codajás, na Cachoeirinha, zona sul; na Policlínica João dos Santos Braga, no bairro Cidade Nova, zona norte; e na Policlínica Gilberto Mestrinho, no Centro; além dos Centros de Atenção ao Idoso (CAIMI) Ada Viana, na Compensa, zona oeste, e André Araújo, na Cidade Nova.

A Vila Olímpica de Manaus, localizada no Dom Pedro, zona centro-oeste; e os Centros de Convivência Padre Pedro Vignola, no bairro Cidade Nova; do Idoso, no bairro Aparecida, zona sul; e Magdalena Arce Daou, no bairro de Santo Antônio, zona oeste, também ofertam o atendimento. As atividades incluem caminhada ao ar livre e na esteira, hidroginástica, alongamento e fortalecimento muscular, entre outras.

Os atendimentos de fisioterapia nas unidades de saúde, Vila Olímpica de Manaus e nos Centros de Convivência acontecem das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.

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