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Policiais são presos com mais de 70 kg de ouro e armas apreendidas no Amazonas

Seis pessoas suspeitas de integrar um esquema de contrabando de ouro em Manaus, entre elas dois policiais militares e um investigador da Polícia Civil foram presas em operação, deflagrada na manhã desta quinta-feira (30) em Manaus. A ação da Polícia Federal em conjunto com a Polícia Militar do Amazonas e Companhia de Policiamento Especializado (CPE) é um desdobramento de uma prisão em flagrante ocorrida na tarde de quarta-feira (29), que revelou um carregamento milionário de ouro ilegal.

Foram presos o investigador da Polícia Civil Felipe Pinto Ferreira, de 45 anos, e os cabos da Polícia Militar Antônio Temilson de Souza Aguiar, de 40, e Gilson Luna de Farias, de 37. Eles foram flagrados mantendo quatro pessoas em cárcere privado, supostamente para extorquir os responsáveis pelo minério ilegal e negociar a entrega do carregamento.

Na primeira fase da operação, realizada ontem (29), equipes da Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) apreenderam 72,690 quilos de ouro em barras, avaliados em aproximadamente R$ 46 milhões, em uma residência localizada na rua Michel Fokine, no bairro Parque 10, zona centro-sul da capital. Além do ouro, os agentes encontraram quatro pistolas, uma metralhadora e diversos celulares, indicando que o local funcionava como ponto de negociação do material contrabandeado. Os policiais encontraram também R$ 2.150.000 em espécie, armazenados em um cofre, o que levanta suspeitas sobre a magnitude do esquema de contrabando em operação no estado.

Foram confiscadas armas de fogo, munições de diversos calibres, coletes balísticos, celulares, algemas e dois veículos blindados — um Volkswagen Tiguan e um T-Cross.

As vítimas, mantidas presas na casa, seriam ligadas à extração e comercialização do ouro, o que levou a Polícia Federal a ampliar as investigações. De acordo com os investigadores, há fortes indícios de que o grupo atuava em conluio com redes de garimpo ilegal e contrabando de metais preciosos na Amazônia, abastecendo esquemas criminosos que movimentam milhões na região Norte.

A segunda fase da operação, deflagrada nesta quinta, teve como objetivo desmantelar a estrutura do grupo, identificar cúmplices e rastrear a origem do ouro apreendido. A PF apura se o material tem ligação com áreas de garimpo ilegal em reservas federais e terras indígenas do Amazonas.

 

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