Grupo ATEM compra refinaria de Manaus por US$ 189,5 milhões
Unidade é a segunda a ser privatizada e foi comprada pelo grupo Atem, dono de 300 postos em nove estados do país.
RIO – Após vender a refinaria da Bahia para o fundo árabe Mubadala, a Petrobras anunciou que vai se desfazer de sua segunda unidade.
A estatal assinou com a Ream Participações, que pertence à distribuidora Atem, contrato para vender a Refinaria Isaac Sabbá (Reman) e seus ativos logísticos associados, no estado do Amazonas
O valor da venda é de US$ 189,5 milhões. Desse total, US$ 28,4 milhões serão pagos na assinatura do contrato e US$ 161,1 milhões restantes no momento do fechamento da operação. A Atem é uma distribuidora com atuação no Norte do país.
A Atem conta com cinco bases de distribuição e 300 postos franqueados. A empresa tem atuação nos estados do Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Segundo a estatal, a operação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Atualmente, a estatal tem ao todo oito refinarias em processo de venda.
Petrobras vendeu a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada no Recôncavo Baiano, e mais sete unidades de refino, para para fundo árabe por US$ 1,6 bi.
Primeira refinaria do Brasil, a RLAM completou 70 anos prestes a ser vendida. A unidade tem capacidade de produção de 333 mil barris/dia.
A estatal se comprometeu, em acordo com o Cade, a vender metade de sua capacidade de refino para permitir a concorrência privada no setor.
“Até o cumprimento das condições precedentes e o fechamento da transação, a Petrobras manterá normalmente a operação da refinaria e de todos os ativos associados”, disse a estatal em nota.
Após o fechamento, a Petrobras informou ainda que vai continuar apoiando a Atem nas operações da Reman de forma a preservar a segurança e continuidade operacional durante um período determinado, sob um contrato de transição.
Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse que já avalia com seu Departamento Jurídico medidas para impedir a venda da Refinaria em Manaus.
Na avaliação da FUP, a venda das refinarias da Petrobras não é garantia de aumento da concorrência e queda nos preços.
Para a FUP, a venda é mais “um movimento de destruição da maior empresa brasileira”.
Fonte: oglobo.globo.com
Foto: Fábio Rossi/Agência O Globo