Caso Djidja: MPAM pede condenação de Cleusimar e Ademar Cardoso pela morte de ex-sinhazinha
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) solicitou a condenação de Cleusimar e Ademar Cardoso, mãe e irmão da artista Djidja Cardoso, por tráfico de drogas e associação ao tráfico. A denúncia surge após a morte de Djidja, em maio deste ano, devido a uma overdose de cetamina, uma substância psicoativa usada tanto em humanos quanto em animais, que causa alucinações e potencial dependência.
Além de Cleusimar e Ademar, o MPAM denunciou mais cinco indivíduos envolvidos no esquema: José Máximo Silva de Oliveira e Sávio Soares Pereira, proprietários de uma clínica veterinária que fornecia a cetamina; Hatus Moraes Silveira, que se apresentava como personal trainer da família; Verônica da Costa Seixas, gerente de um salão de beleza, e Bruno Roberto da Silva Lima, ex-namorado de Djidja.
Segundo investigações da Polícia Civil, a família Cardoso estaria vinculada a uma seita chamada “Pai, Mãe, Vida”, que promovia rituais com o uso de cetamina. O promotor André Virgílio Belota Seffair destacou que a rede de salões de beleza Belle Femme, propriedade da família, servia como fachada para facilitar a aquisição e circulação da droga.
As investigações revelaram um esquema organizado, onde José Máximo e Sávio Soares vendiam cetamina ilegalmente, enquanto Verônica mantinha contato frequente com Sávio sobre o estoque da substância. Hatus Moraes, por sua vez, incentivava o uso indiscriminado da droga, e Bruno Roberto era acusado de estimular Cleusimar a buscar uma suposta elevação espiritual através do uso de cetamina.
O MPAM também recomendou a absolvição de Emiclei Araújo Freitas, Claudiele dos Santos e Marlisson Vasconcelos Dantas, que não foram considerados culpados no processo.
Todos os denunciados enfrentam as consequências dos artigos 33 e 35 da Lei n° 11.343/2006, que tratam do tráfico de drogas e associação ao tráfico. O caso levanta questões sérias sobre a legalidade do uso de substâncias controladas e o papel de redes sociais e familiares no tráfico de drogas. A sociedade aguarda desdobramentos sobre o processo judicial e possíveis implicações para os envolvidos.
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