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Cármen Lúcia cobra apuração de estupro e morte de menina indígena

A ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, pediu rigor nas investigações da morte da adolescente indígena de 12 anos, que foi estuprada por garimpeiros, na região do Palimiú, em Roraima. Cármen cobrou a atuação do Ministério Público e de autoridades de Justiça locais na investigação dos envolvidos no crime. Em uma fala dura, ela chamou atenção para o massacre das mulheres indígenas no Brasil.

“As mulheres indígenas são massacradas sem que o Estado tome providências eficientes para que se chegue à era dos direitos humanos para todos.

Não como privilégio de parte da sociedade. Não é mais pensável qualquer espécie de parcimônia, tolerância, atraso ou omissão em relação à prática de crimes tão cruéis e gravíssimos”, ressaltou a ministra. Cármen Lúcia ainda pontuou: “Parece que a civilização tem um significado apenas para um grupo de homens”.

A manifestação foi feita na abertura da sessão plenária do STF. A ministra aproveitou a retomada da chamada pauta verde, onde o colegiado analisa ações que questionam irregularidades do governo federal em relação à preservação do Meio Ambiente e de territórios indígenas. E enfatizou que crimes como o da adolescente indígena não podem virar apenas estatística.

“Não é possível calar ou se omitir diante do descalabro de desumanidades criminosamente impostos às mulheres brasileiras, dentre as quais mais ainda as indígenas, em situação de enorme vulnerabilidade, que estão sendo mortas pela ferocidade desumana e incontida de alguns”.

A morte da menina foi divulgada na noite de 2ª feira (25.abr) pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari Yanomami, uma das lideranças do povo indígena.

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