Renan Calheiros que votou “sim” pela saída de Dilma, articula apoiar Lula nas eleições de 2022
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse, em entrevista à Revista Veja, que não concorda com a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) para a Presidência da República. O senador é um dos nomes que articula um movimento para que o MDB desista de lançar Tebet e lance apoio à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ainda na entrevista, Renan afirmou que Lula é o único candidato que pode vencer uma disputa com o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). Em pesquisa eleitoral divulgada pela Quaest Consultoria, na semana passada, aponta que Lula está próximo de vencer em primeiro turno, mas uma terceira via com pouca força.
Na pesquisa, a senadora Simone Tebet tem 1% das intenções de voto. A margem de erro é de dois pontos para cima ou para baixo. “Para fazer o enfrentamento do Bolsonaro tem que ser com a candidatura do Lula. Não tem nada em segredo. Temos 14 diretórios cujas lideranças preferirão Lula, lideranças que têm projeto de poder estadual, têm governo, têm prefeituras de capitais e têm uma grande quantidade de prefeituras nos municípios”.
Renan participa nesta segunda-feira, 11/4, de um “jantar de frente ampla” com o ex-presidente Lula em Brasília. O encontro reunirá um grupo de senadores de vários partidos que apoiam Lula, segundo o jornal O Globo. Entre eles, Omar Aziz (PSD-AM), Acir Gurcacz (PDT-PR) e Katia Abreu (PP-TO).
“Lula virá a Brasília e vamos conversar sobre circunstâncias estaduais, como ficarão os apoiadores do Lula no MDB e como encaminharemos nossa posição na convenção partidária”, afirmou Renan à Veja.
Não é o primeiro embate entre Renan Calheiros e Simone Tebet. Em 2019, eles disputaram a indicação do MDB ao cargo de presidente do Senado.
Terceira via – Depois de muitas idas e vindas, o grupo conhecido como terceira via na disputa eleitoral decidiu lançar um único candidato para enfrentar Bolsonaro e Lula. Em reunião realizada na quarta-feira (6), em Brasília, dirigentes do MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania fecharam uma aliança e anunciaram que vão divulgar o nome de quem representará o grupo na disputa ao Palácio do Planalto no dia 18 de maio.
Até agora, a senadora Simone Tebet é a mais cotada para encabeçar a chapa única. O maior problema ocorre nas fileiras do PSDB porque o ex-governador de São Paulo João Doria, vencedor das prévias do partido, está emparedado pela movimentação do correligionário Eduardo Leite.
O ex-governador do Rio Grande do Sul, Leite tenta avançar algumas casas no jogo e até admite ser vice em dobradinha com Tebet.
Da Redação com informações do UOL