Aumento de 18 cadeiras para deputados federais vai custar mais R$ 95 milhões por ano aos cofres públicos
Em meio a cortes em áreas essenciais como saúde, educação e segurança pública, o Senado aprovou nesta semana uma medida polêmica: o aumento do número de deputados federais de 513 para 531.
A decisão, que cumpre regra prevista na Constituição, vai pesar diretamente no bolso do contribuinte: um custo extra de, no mínimo, R$ 95 milhões por ano. Desse montante, R$ 10 milhões serão usados apenas para bancar os salários dos 18 novos parlamentares, sem contar os auxílios, verbas de gabinete e outras regalias que vêm no pacote.
O restante, cerca de R$ 85 milhões, será absorvido pelas Assembleias Legislativas dos estados, que terão que abrir espaço para novos deputados estaduais num verdadeiro efeito cascata orçamentário. A justificativa oficial é a adequação proporcional ao crescimento populacional dos estados.
Mas, na prática, o que se vê é mais gasto com política num país em que falta verba até para remédios em hospitais. Enquanto o cidadão comum aperta o cinto, a classe política amplia seus espaços e privilégios — com a conta, claro, sendo paga pelo povo. A pergunta que fica é: em um momento de crise fiscal, esse era mesmo o melhor uso do dinheiro público?